IEF e CODEVASF realizam programa para proteger nascentes nas sub-bacias do Alto São Francisco

05/10/2012 - 18:11

“Aproximadamente 280 proprietários de terra estão envolvidos no projeto de proteção das nascentes das sub-bacias do Alto São Francisco, programa do Instituto Estadual de Florestas (IEF) em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).  Os produtores rurais recebem acompanhamento técnico, arames e mourões para proteção da mata ciliar e das nascentes que estão em suas propriedades. Já foram investidos mais de R$ 3 milhões no projeto que é desenvolvido nas microbacias do São Francisco que estão em Minas.

No Alto São Francisco, o trabalho foi concluído em três microbacias, de um total de quatorze: Ribeirão Catucas/Cambindas, em Itaguara, Ribeirão da Chácara, em Piracema, e Córrego das Antas, em Dores do Indaiá. Ao todo foram construídos, nessas sub-bacias, 40 quilômetros de cerca, que protegem 40 nascentes.

– A cerca evita a erosão causada pelo pisoteio do gado e, assim, a recomposição da mata ciliar acontece de forma natural, o que melhora a qualidade e a quantidade de água das bacias, ensina Geraldo Magela, gestor do Projeto de Controle de Processos Erosivos do IEF, na região Centro-Oeste.

A mobilização para a proteção das nascentes da cabeceira do Velho Chico contou com a adesão de proprietários rurais como Anésio Borém, dono de uma fazenda às margens do Ribeirão Catucas/Cambindas, em Itaguara. A propriedade abriga sete nascentes e possui uma das maiores reservas ambientais em área particular da região.
Anésio cercou a área de preservação permanente, onde ficam as nascentes, e a reserva legal, ao todo aproximadamente 400 mil metros quadrados.

Segundo Geraldo Magela, o trabalho nas outras 11 sub-bacias está em andamento, em duas delas o cadastro dos proprietários rurais está sendo atualizado, em outras nove o material para a construção das cercas já está sendo entregue aos produtores. A meta da parceria do IEF é proteger 180 nascentes do Alto São Francisco, projeto que, de acordo com Magela, trará benefícios ambientais e sociais para os municípios da região.

Áreas degradadas

Mais de 400 proprietários de terra são atendidos em outros programas do IEF entre os quais o de recuperação de áreas degradadas. De acordo com o supervisor regional do IEF, Rodrigo Martins Goulart, o instituto tem trabalhado em conjunto com municípios, sindicatos rurais e associações para a mobilização e conscientização dos trabalhadores e dos agricultores. Para atender a demanda, o IEF na região Centro-Oeste mantém quatro viveiros florestais como o de Divinópolis que, em 2011, computou produção de 50 mil mudas, a maioria distribuída para áreas em processo de recuperação. No Alto São Francisco, essas terras somam atualmente mais de 2 mil hectares.

O IEF, que completa 50 anos em 2012, atua em todos os municípios do Centro-Oeste, com pontos de atendimento em 12 cidades, por meio das agências avançadas. Criado em 1962 e vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Instituto Estadual de Florestas tem por finalidade executar a política florestal do Estado e promover a preservação e a conservação da fauna e da flora, o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis e da pesca, bem como a realização de pesquisa em biomassa e biodiversidade.”

Fonte: O Norte de Minas