A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), apresentou ontem, 29, quarta, o Programa de Saneamento Ambiental para a Bacia do Ribeirão da Mata, um dos afluentes do rio das Velhas. “O objetivo é mapear a região, conhecer suas deficiências e desenvolver um plano de ações, ou seja, projetos de intervenção e desenvolvimento para o Vetor Norte, minimizando, principalmente, impactos provocados pelas cheias durante o período de chuvas”, afirma Madalena Garcia, sub-secretária de Desenvolvimento Metropolitano da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru). Os estudos trazem informações demográficas, sócio-econômicas, físicas e biológicas dos dez municípios que compõem a bacia hidrográfica do Ribeirão da Mata.

Segundo Madalena, a região do Ribeirão da Mata tem aproximadamente um milhão de habitantes e é uma das principais poluidoras do rio das Velhas. “Precisamos conhecer bem a região, que teve um crescimento desordenado ao longo de décadas e que hoje está sofrendo uma grande pressão em função de grandes empreendimentos, como a Linha Verde e a construção da sede administrativa do Estado. A partir dos estudos, vamos desenvolver projetos que integrem a bacia, evitando que o crescimento continue a se dar de forma desenfreada”, completa.

De acordo com Eduardo Bueno, engenheiro consultor da Concremat Engenharia, responsável pelo estudo hidrológico, o detalhamento do trabalho levou em conta as sub-divisões da bacia do Ribeirão da Mata. “O relatório divide o ribeirão em dez sub-bacias e essas sub-bacias são divdidas em 72 micro-bacias. Isso permitiu conhecer a evolução das cheias na bacia e sua vazão desde a cabeceira, o que permitirá o planejamento de medidas mitigatórias na calha principal”, explica.
Segundo Procópio de Castro, presidente do comitê da sub-bacia do Ribeirão da Mata, os estudos contêm muitos desafios e deficiências a serem superados, mas representam um avanço muito importante.“Precisamos conhecer o que existe, as lacunas e, a partir daí, ver o que pode ser feito”, afirma.

Para  coordenadora do Projeto Estruturador Meta 2010, Myrian Mousinho, a região foi muito comprometida pelo crescimento desordenado. Segundo ela, o estudo é um diagnóstico que vai orientar proposições para ajustar o processo de ocupação, saneamento e regularização fundiária da região. “Precisamos conter a degradação dos cursos d´água, ajustando o processo de ocupação através de remanejamento e regularização fundiária, proporcionando infra-estrutura e educação ambiental para a população da bacia do Ribeirão da Mata”, explica.

Agência Peixe Vivo – Assessoria de Comunicação

Confira o vídeo documentário sobre a Expedição do Projeto Manuelzão pelo Ribeirão da Mata, realizada em 2006 e conheça melhor algumas questões ambientais da região.