A Agência Peixe Vivo recebeu no dia 03 de outubro de 2012, uma comitiva da Bolívia composta, em sua maioria, por membros do Ministério do Meio Ambiente e Água do país. Também acompanharam representantes da “Associação de Produtores Agropecuários” e do “Apoio Setorial ao Plano Nacional de Bacias” do país,  além de consultores da União Européia para o gerenciamento de bacias hidrográficas.

O encontro faz parte do evento “Intercâmbio de experiências em gestão de água Bolívia e Brasil”, que acontece entre os dias 30 de setembro e 6 de outubro. Até o dia 6, a comitiva terá visitado também a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Paranoá, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), o Instituto de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (INEA-RJ), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, o Aterro Metropolitano Jardim Gramacho e a usina de biogás Novo Gramacho Energia, em Duque de Caxias (RJ), e a Steag Energy Services do Brasil, também no Rio de Janeiro.

O objetivo das visitas é buscar experiências e referências bem sucedidas em relação à gestão de recursos hídricos em nosso país, além de estabelecer parcerias com o governo brasileiro, como aconteceu na primeira visita dos bolivianos, realizada em março deste ano: clique e confira no site da Agência Nacional de Águas.

Experiências da Agência Peixe Vivo

A Diretora Geral da Agência Peixe Vivo, Célia Fróes, e a Diretora de Integração, Ana Cristina da Silveira, receberam a comitiva e apresentaram os trabalhos que a agência vem desenvolvendo nos últimos anos.  Célia disse que esse é um processo novo, um aprendizado que está sendo desenvolvido junto com os comitês de bacia.

Um dos representantes do Ministério do Meio Ambiente e Água da Bolívia, Marcial Berdeja, disse que em primeiro lugar o grupo está buscando trocar experiências e conhecer um pouco sobre o que o Brasil já vem fazendo, sobretudo nos comitês de bacia. “Já temos projetos para aprovação da lei de águas que vai contemplar os comitês de água para uso dos recursos, pois o recurso é escasso, não temos muita água, mas uma demanda crescente, para agricultura, água potável e indústria. Nossos problemas são diversos e queremos aprender tudo o que vocês já aprenderam para implementarmos lá”. Berdeja disse que na Bolívia existem apenas comitês de agricultura, nenhum como o modelo utilizado aqui e citou problemas com as bacias que abrangem vários departamentos (Estados).
 
Outra representante do Ministério do Meio Ambiente e Água, Jimena Ayoroa, agradeceu por toda a experiência transmitida e disse que viram um processo bastante avançado em relação a gestão das águas. “O que nos tem surpreendido muito é o tempo como o Brasil se organizou, quanto às pertinências federal e estadual, e isso vai servir para desenharmos os processos que se adequem à Bolívia. Temos bacias que atravessam vários Estados e a experiência daqui nos dão luzes de como deveremos organizar isso”.  Jimena disse que a política atual do governo boliviano é fomentar a participação dos povos, principalmente indígenas, e a participação da sociedade civil. De acordo com ela, há muitas coincidências nesse tipo de política e essas estratégias, que aqui estão funcionando, serão utilizadas principalmente para dar mais transparência nas políticas públicas. “Isso tudo será muito bom para o nosso país” – assegurou.

Confira os sites com mais informações sobre o processo que está sendo implementado na Bolívia.

www.cuencasbolivia.org
www.mmaya.gob.bo

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FONTE: Assessoria de Comunicação Agência Peixe Vivo