A experiência da Meta 2010, que visa fazer com que seja possível nadar, pescar e navegar no trecho do Rio das Velhas que corta a Região Metropolitana de Belo Horizonte, deverá ser apresentada durante o Fórum Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas, que será realizado em novembro, em Uberlândia. O objetivo é fazer com que o programa seja referência nacional em recuperação ambiental de cursos d’água. A decisão foi tomada na última sexta-feira, 17, durante o 11º Forum Mineiro dos Comitês de Bacias Hidrográficas, realizado em Belo Horizonte. “Acreditamos que essa é uma experiência única que deve ser reproduzida. É preciso acreditar que é possível começar a mudar a realidade de outras regiões pelo país afora”, afirmou Aroldo Cangussú, que é presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Verde Grande” e coordena o Fórum mineiro.
O evento de Belo Horizonte serviu para a troca de experiências entre os diversos comitês mineiros. O Programa de Proteção da Mata Atlântica (Promata) apresentou o projeto de reflorestamento de áreas degradadas e preservação de mata nativa em Santos Dumont, Juiz de Fora e Matias Barbosa. O programa faz parte da cooperação financeira Brasil-Alemanha, firmada entre um banco alemão e o Instituto Estadual de Florestas (IEF). O Promata chegou à Zona da Mata este ano, através da Associação pelo Meio Ambiente de Juiz de Fora (Amajf). O objetivo é reflorestar e preservar uma área de cerca de 600 hectares de Mata Atlântica nas três cidades da região até o meio do ano que vem. Inicialmente, elas foram escolhidas por estarem mais degradadas. Se a meta for cumprida, a intenção é triplicar a área, o que pode resultar em ampliação do programa para outras cidades.
Segundo Antônio Geraldo de Oliveira, do Comitê dos Afluentes Mineiros do Alto Paranaíba, esse é um projeto interessante e que pode vir a ser estendido para outras regiões do Estado, gerando, a recuperação de áreas importantes ao longo das bacias hidrográficas.
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) apresentou o programa “Verde Minas”, que pretende atuar na criação de unidades de educação ambiental e custear atividades de recuperação do meio ambiente. “Esse projeto é muito interessante porque se propõe a trabalhar juntamente com os comitês levando em conta suas necessidades mais imediatas. A proposta é inovadora por utilizar diretamente o comitê de bacia como núcleo de defesa do ambiente. O projeto será implantado nas 36 unidades da Empresa e utilizará a estrutura física dos comitês para realizar trabalhos de recuperação do solo e dos recursos hídricos de acordo com as demandas”, afirmou Aroldo Cangussú.
Outro ponto debatido durante o encontro foi a proposta que destina parte dos recursos do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas de Minas Gerais (Fhidro) para o custeio dos comitês de bacia. “A possibilidade de se destinar uma verba específica para financiar projetos de recuperação, revitalização, mobilização e educação ambiental propostos pelos comitês vai reduzir a dependência de recursos do Estado”, explicou Cangussú.
17.7.2009
Agência Peixe Vivo
Assessoria de Comunicação