Agência Peixe Vivo discute fortalecimento institucional e apresenta relatório do semestre em reunião do Conselho de Administração

12/08/2025 - 10:00

Em sua 52ª Reunião Ordinária, o Conselho de Administração da Agência Peixe Vivo (APV) se reuniu na tarde da última segunda-feira (11) para discutir pautas estratégicas que visam o fortalecimento institucional e a otimização de suas atividades. Entre os principais tópicos abordados, destacaram-se a adesão de novas associações, a eleição para a presidência do Conselho de Administração e a apresentação de um relatório de gestão do primeiro semestre de 2025.


A pauta da reunião incluiu a avaliação e recomendação para que a Assembleia Geral aprovasse a adesão de duas novas entidades: o Instituto Mineiro de Preservação Ambiental Rural (IMPAR) e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) – Seção Minas Gerais. Ambas as organizações manifestaram interesse em se associar à Agência e, no caso do IMPAR, a entidade também indicou a Sra. Ana Luisa Coimbra Ferreira para integrar o Conselho de Administração como representante da sociedade civil. O presidente interino, Gustavo Henrique Costa Simões, ressaltou a importância da adesão do IMPAR, considerando seu histórico de atuação.

Eleição e composição do Conselho

Quanto à eleição para a presidência do Conselho, o atual presidente interino, Gustavo Henrique Costa Simões, manifestou seu interesse em continuar no cargo, e também sugeriu a criação de um posto de vice-presidência para fortalecer a liderança e garantir uma melhor representatividade. “Esse assunto será melhor discutido, mas penso que instituir uma vice -presidência no Conselho de Administração pode facilitar as discussões, especialmente, estabelecer a continuidade dos trabalhos na ausência eventual do presidente”, destacou Simões.



Proposta: Associação de agências de água

A reunião também serviu como palco para a apresentação da proposta de criação de uma Associação de Agências de Água e Equiparadas. Rubia Mansur, diretora geral da APV, lembrou que a ideia, discutida há mais de um ano, visa fortalecer a representatividade das agências junto ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos. O advogado Edson Brasil, da AGEVAP, onde a proposta nasceu, destacou que “a associação poderia funcionar como um mecanismo de suporte institucional e burocrático, promovendo a integração e superando os desafios burocráticos que as agências enfrentam”. Gustavo Simões, concordando com as demandas lá existentes por parte das agências de bacia, ponderou sobre a necessidade de mais debate e esclarecimento de dúvidas sobre a validade e pontos específicos da proposta.

A apresentação também tocou em temas sensíveis, como o PL 4546/2021, que foi criticado por pontos como a inutilização do princípio da gestão descentralizada e a exploração econômica dos recursos hídricos.

Resultados do primeiro semestre da APV

A diretora Rúbia Mansur apresentou o Report de Gestão, referente ao 1º Semestre de 2025, destacando ações voltadas para o melhor funcionamento institucional da APV. Entre as iniciativas, foram mencionadas a elaboração de um termo de referência para a contratação de consultoria para análise da estrutura organizacional e a modelagem de cargos e salários. Também foram ressaltadas ações como a implementação de um programa de ambientação e feedback, a capacitação de membros da equipe e a realização de concursos para seleção de pessoal.

Rúbia Mansur reforçou a boa relação com os Comitês de Bacias Afluentes, mencionando a assinatura do contrato de gestão com os comitês afluentes de Minas Gerais no último mês, “cumprindo o planejamento de transição e capacitação”. O presidente interino Gustavo Simões também comentou a possibilidade de ampliar o custeio dos contratos de gestão do Instituto Mineiro de Gestão de Água (IGAM) de 7,5% para 11,4%, aguardando a aprovação dos comitês ou a vigência de um novo contrato em 2027.

O relatório também mencionou parcerias e projetos em andamento, como a articulação com a Conservation International para um projeto de reflorestamento e a adesão ao Tratado da Mata Atlântica, que visa a restauração do bioma com o plantio de 100 milhões de mudas até 2026. A APV também assinou um Termo de Compromisso com o Ministério Público para projetos de conservação no Rio Maracujá e submeteu seis projetos na plataforma Sementes, totalizando R$ 30 milhões em investimentos.

Ao final da reunião, foi reforçada a necessidade de uma análise mais aprofundada de alguns pontos, mostrando o comprometimento do Conselho em tomar decisões estratégicas e transparentes para a gestão dos recursos hídricos.


*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: Leo Boi